A iniciativa Blue Smoke lançou, no dia 22 de maio, em colaboração com a Plataforma CIPÓ, o relatório “Ringfencing and the General Assembly.” O documento analisa o histórico da ação da Assembleia Geral em relação ao problema associado aos monopólios estabelecidos sobre alguns dos principais cargos de liderança das Nações Unidas (ONU).
A publicação expõe como o “ringfencing”, a prática contínua de nomear indivíduos de países específicos para cargos específicos, prejudica a credibilidade e eficácia da ONU, além de ser uma clara violação das disposições gerais da Carta da ONU e de decisões prévias da Assembleia Geral.
Desde 1980, mais de 15 resoluções da ONU pedem o fim do ringfencing. A avaliação é de que secretários-gerais sucessivos têm reservado cargos para pessoas poderosas, frequentemente homens poderosos, o que contraria os princípios de igualdade e de justiça.
Conforme aponta estudo, você precisa ser dos Estados Unidos para conseguir o cargo de diretor do prestigioso Departamento de Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz; você precisa ser chinês para liderar o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, britânico para conseguir o cargo de Chefe dos Assuntos Humanitários, russo para o Escritório de Contraterrorismo e francês para comandar o Departamento de Operações de Paz da ONU.
O relatório oferece recomendações de como os Estados-membros podem agir para mudar esse panorama, a luz das negociações em andamento da resolução do Grupo de Trabalho Ad Hoc da Assembleia Geral sobre o tema.