CIPÓ endossa carta pela adaptação climática e contra o racismo ambiental

Mais de 140 organizações da sociedade civil, incluindo a Plataforma CIPÓ, lançaram nesta quinta-feira (25) uma carta cobrando do poder público e do setor privado políticas climáticas e urbanas antirracistas. O documento será entregue inicialmente ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), seguindo uma agenda estratégica de mobilização em âmbito nacional.

Representantes do movimento negro, ambientalistas, entidades de pesquisa, de reforma urbana e dos direitos humanos lembram que estamos vivendo no país desigualdades sociais e territoriais decorrentes dos impactos e efeitos do aquecimento do planeta em 1,1 ºC.

“Precisamos urgentemente, portanto, de políticas públicas que contenham medidas efetivas de adaptação para responder aos efeitos dos eventos climáticos extremos sobre a vida das populações das cidades, da floresta e do campo”, diz trecho.

Apesar de o movimento de valorização da favela e das periferias ter crescido desde o início dos anos 2000, a campanha “Adaptação Antirracista” destaca que permaneceu a “política do deixar morrer” nos territórios majoritariamente ocupados por pessoas negras. “Nesse contexto, a ausência do Estado diante de eventos climáticos extremos é, na verdade, mais um instrumento da política de genocídio da população negra. Isso é racismo ambiental”.

Plataforma CIPÓ
Plataforma CIPÓhttp://plataformacipo.org/
A Plataforma CIPÓ é um instituto de pesquisa independente liderado por mulheres e dedicado a questões de clima, governança e paz na América Latina e no Caribe e no resto do Sul Global.

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