A diretora-executiva da Plataforma CIPÓ, Maiara Folly, participou ontem (2/6) da 16ª Sessão Plenária da Assembleia Parlamentar EuroLat, realizada em Lima, no Peru. Ela foi uma das palestrantes do painel da Comissão de Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente, Política Energética, Pesquisa, Inovação e Tecnologia, mediado pelo deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Palácio Legislativo.
Para Folly, o sucesso da COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025, não será medido apenas por novos compromissos diplomáticos, mas pela capacidade de implementar os acordos já firmados em conferências anteriores. “Quase tudo que precisa ser feito já foi acordado. Agora, o foco deve ser a implementação”, afirmou, destacando o mote da COP30.
Ela lembrou do conceito de “mutirão” — palavra de origem indígena que inspira a conferência — como símbolo do esforço coletivo necessário para transformar compromissos em realidade. “Diplomatas não farão isso sozinhos. É preciso envolver sociedade civil, setor privado, governos subnacionais, setor financeiro — e, especialmente, os parlamentos”.
A diretora da CIPÓ também chamou atenção para os desafios do financiamento climático. Segundo ela, a promessa de US$ 100 bilhões anuais dos países desenvolvidos nunca foi plenamente cumprida, e é necessário ir além da nova meta de US$ 300 bilhões pós-2025, já considerada insuficiente. “O roadmap de Baku a Belém precisa mostrar como vamos chegar a pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano, de forma justa e acessível para os países em desenvolvimento”.
