Em artigo para o Nexo, as pesquisadoras da Plataforma CIPÓ Viviana Porto, Flávia do Amaral Vieira e Maiara Folly, esta última diretora-executiva da organização, falam sobre a primeira grande conferência internacional sediada no Brasil durante o novo governo Lula: a Cúpula da Amazônia, que acontece entre 8 e 9 de agosto, em Belém do Pará. Segundo elas, o evento pode significar a construção de consensos para a adoção de uma posição unificada sobre as prioridades da região no escopo de marcos globais.
Nos dias que antecedem o encontro de chefes de Estado, o governo brasileiro também organizou os “Diálogos Amazônicos”. A CIPÓ participou de uma série de atividades. Na avaliação das autoras do artigo, a intensa participação social ilustra o elevado interesse de que a cúpula fomente o avanço de políticas robustas de cooperação entre países amazônicos em agendas que incluem o combate às mudanças climáticas, a proteção socioambiental e a promoção do desenvolvimento sustentável.
“A coordenação regional será fundamental para lidar com desafios comuns nessas áreas, como o racismo ambiental, que afeta desproporcionalmente povos indígenas e comunidades tradicionais, além do avanço da criminalidade, especialmente de crimes ambientais, como garimpo ilegal e extração ilegal de madeira, e também do narcotráfico”, avaliam.