O desenvolvimento e emprego de armas autônomas letais – sistemas capazes de selecionar e disparar contra alvos sem intervenção humana, também conhecidos como ‘robôs assassinos,’ – representam significativos desafios morais, éticos, legais e práticos para a paz e segurança internacional e também para a segurança pública.
O Brasil é um dos países signatários da Convenção sobre Certas Armas Autônomas (CCAC) e advoga por um instrumento legalmente vinculante capaz de regular o emprego desse tipo de armamento. Tal posicionamento é condizente com a opinião pública nacional. De acordo com pesquisa de opinião encomendada pela Campanha para Parar Robôs Assassinos e conduzida em dezembro de 2020, 62% dos brasileiros são contrários a sistemas de armas autônomas letais. Entrevistas conduzidas pela Plataforma CIPÓ, entre maio e julho de 2021, com 14 jovens lideranças de diferentes regiões do país também revelaram significativas preocupações relacionadas aos sistemas de armas autônomas letais.
Este relatório, de autoria de Maiara Folly e Arthur Vieira (Plataforma CIPÓ) compila e analisa as percepções de jovens lideranças brasileiras sobre os riscos impostos por robôs assassinos, assim como seu posicionamento com relação ao papel que o governo brasileiro deve desempenhar durante o processo de negociação de um potencial acordo internacional que vise restringir, regular ou proibir o desenvolvimento e/ou uso de sistemas de armas autônomas letais. A produção do relatório contou com o apoio da Campanha para Parar Robôs Assassinos, da qual a Plataforma CIPÓ é membro.