Em artigo para o Nexo, a Diretora de Programas da CIPÓ, Maiara Folly, faz um alerta para o perigo das armas autônomas letais: desde potenciais violações do direito internacional humanitário, até os problemas relacionados a algoritmos enviesados, ciberataques e a incapacidade de responsabilização legal pelo uso inadequado dessas armas.
O desenvolvimento de sistemas de armas autônomas letais, capazes de selecionar e disparar contra alvos sem intervenção humana, não é uma realidade distante. É urgente discutir os riscos que essa tecnologia representaria em situações de conflitos armados, mas também no contexto de atividades de policiamento.
Segundo a mais recente pesquisa de opinião sobre o tema, 62% de 19,000 entrevistados em 28 países se opõem ao uso de armas autônomas letais. O Brasil foi o país onde a oposição contra essa tecnologia mais cresceu desde 2018 (62% dos brasileiros se opõem, um aumento de 16%).
A ‘Campanha Para Parar Robôs Assassinos’, da qual a Plataforma CIPÓ é membro, pressiona pela criação de um tratado internacional que proíba armas autônomas letais e estabeleça limites legais e humanitários para essa tecnologia.