O pesquisador Vinicius Lopes, da Plataforma CIPÓ, é um dos autores do artigo “Os desafios para uma participação social mais ativa das periferias no G20 e na COP 30”, publicado neste domingo (06/05) no Le Monde Diplomatique.
O texto, assinado também por Thiago Nascimento e Marcele Oliveira, defende que favelas e periferias sejam inseridas no processo de construção e realização dessas conferências que ocorrem no Brasil em 2024 e 2025. Os três autores são membros da coalizão “O Clima é de Mudança”, da qual a CIPÓ faz parte.
“É importante estimular o alinhamento das periferias do Sul Global, fortalecendo a voz dos países em desenvolvimento nas negociações internacionais e promovendo o engajamento de todos os setores da sociedade, especialmente de grupos minoritários historicamente excluídos das decisões”, destacam.
Segundo eles, de Norte a Sul as favelas seguem crescendo e sendo afetadas por diversas violações de direitos – em seu âmago, devido ao racismo. As três maiores favelas do Brasil são Sol Nascente, em Brasília, Rocinha, no Rio de Janeiro, e Baixadas da Estrada de Nova Jurunas, em Belém, como aponta o Censo IBGE 2022.
“Ao mesmo tempo que essas capitais são os principais palcos dos encontros políticos do G20 e da COP, são também onde a sociedade civil tem feito os maiores esforços para que os encontros tragam benefícios efetivos para a esfera local e cheguem nas periferias de fato, além da narrativa e da passagem das comitivas”.