A Plataforma CIPÓ é uma das organizações signatárias da carta aberta em apoio à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, publicada no dia 25 de setembro. O documento faz um apelo urgente aos líderes globais para que priorizem ações concretas de erradicação da fome, da desnutrição e da pobreza extrema até 2030, destacando a importância da colaboração global.
A iniciativa da Aliança Global, anunciada em julho de 2024 pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma reunião ministerial do G20 no Rio de Janeiro, tem como objetivo mobilizar recursos e compartilhar políticas eficazes para enfrentar essas crises. A carta endossada pela CIPÓ reforça a necessidade de comprometimento por parte de todas as nações e partes interessadas, ressaltando a responsabilidade coletiva para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em particular os ODS 1 e 2, que tratam da erradicação da pobreza e da fome.
Os números apresentados no relatório State of Food Security and Nutrition in the World 2024 (SOFI), também mencionado na carta, indicam a gravidade do problema: cerca de 733 milhões de pessoas enfrentaram fome no último ano, e mais de 148 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crônica. O documento destaca a necessidade de ações urgentes para reverter essas tendências e evitar que, até 2030, mais de 582 milhões de pessoas sejam afetadas pela fome, metade delas no continente africano.
Ao endossar a carta, a CIPÓ se junta a outros signatários no pedido para que líderes globais formalizem seu compromisso com a Aliança Global, enviando declarações de apoio à presidência brasileira do G20. A expectativa é que esse compromisso fortaleça parcerias e mobilize os recursos necessários para enfrentar de forma eficaz as crises alimentares e de pobreza que assolam o mundo.
O lançamento oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza está previsto para novembro de 2024, durante a Cúpula do G20, em que o Brasil exercerá um papel de destaque na liderança da agenda global de erradicação da fome e da pobreza extrema. Até lá, a sociedade civil, incluindo a CIPÓ, continuará pressionando para que mais países se unam ao esforço global para garantir um futuro mais seguro e equitativo para todos.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
