Até que ponto a Declaração de Glasgow representa progresso verdadeiro em direção às principais metas relacionadas às florestas, tais como reduzir o desmatamento, promover o manejo sustentável e a conservação das florestas, avançar no reflorestamento e tornar as cadeias de produtos florestais mais transparentes? O que pode ser feito para transformar tais compromissos em ferramentas para que resultados efetivos sejam alcançados nessas áreas?
Este policy brief, escrito pela Diretora Executiva da CIPÓ, Adriana Erthal Abdenur (atualmente também Senior Policy Fellow no UNU-CPR – United Nations University Center for Policy Research), analisa documentos e processos-chave de órgãos da ONU, Estados Membros, atores do setor privado e organizações da sociedade civil para identificar as limitações e o potencial da iniciativa.
Abdenur argumenta que o acordo faz parte de uma longa tradição em que Estados-membros da ONU assumem compromissos não vinculantes em torno das florestas. No entanto, o reconhecimento crescente dos vínculos entre florestas, mudanças climáticas e os impactos socioambientais dos crimes ambientais abre espaço para ações e laços de cooperação mais fortes entre governos nacionais – desde que eles comecem a agir agora. Além disso, a Declaração pode servir como uma ferramenta importante para que a sociedade civil possa monitorar e avaliar o progresso em direção ao manejo e conservação florestal sustentáveis.