Em 5 de setembro, a Agência Pública publicou a matéria “Doadores na eleição passada devem R$660 milhões por crimes ambientais na Amazônia,” que teve como base o relatório estratégico da Plataforma CIPÓ “Dinheiro, poder e leis: financiamento de campanha por infratores ambientais na Amazônia Legal e proposições legislativas no Congresso Nacional.”
A matéria destacou o dado inédito de que, nas eleições passadas, 422 candidatos receberam verbas de campanha de pessoas e sócios de empresas responsáveis por crimes ambientais na Amazônia, que respondem por uma dívida de R$660 milhões em multas do Ibama.
Para a co-fundadora e diretora de Programas da Plataforma CIPÓ, Maiara Folly, o não pagamento das multas ambientais ligadas a doadores nas eleições passadas se deve “à expectativa de que tais multas não serão cobradas, sobretudo diante da possibilidade de prescrição”.
“Essa é uma realidade que tem se agravado desde o início do governo Bolsonaro, que introduziu uma série de empecilhos à aplicação e cobrança de multas ambientais”, afirma a diretora da plataforma Cipó.