No dia 21 de Setembro, a CIPÓ comentou, para o canal Headline Brasil, o discurso do presidente Bolsonaro durante a abertura da 77a seção da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
“Essa tentativa do presidente de passar a imagem do Brasil como um modelo de proteção ambiental não se sustenta nos fatos”, afirma Maiara Folly, diretora de programas da Plataforma Cipó. “Isso foi perdido nesses últimos quatro anos, em função de uma postura de negacionismo climático, dos níveis recordes de desmatamento na Amazônia, do sucateamento dos órgãos ambientais, do estímulo aos crimes ambientais, dos assassinatos dos defensores ambientais.”
Diante da Assembleia-Geral, o presidente repetiu o pedido de vários chefes de estado brasileiros por uma reforma do Conselho de Segurança da ONU e defendeu uma resolução pacífica de conflitos, como a Guerra na Ucrânia.
“Isso é uma grande contradição com a postura doméstica dele, porque a gente teve nos últimos anos um acréscimo de mais de 400% no consumo de armas de fogo no Brasil. É um presidente que está constantemente incitando o ódio e a violência. Então é muito contraditório e muito pouco convincente que ele use a ONU para tentar defender a paz e a segurança, quando ele faz exatamente o oposto dentro de casa”, diz Folly.