Nesta segunda-feira (17/11), a Plataforma CIPÓ participou do painel “Energy transition and China-Brazil cooperation” na COP30. O evento, realizado no pavilhão do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, localizado na Blue Zone, reuniu lideranças dos dois países para debater ações conjuntas de enfrentamento à crise climática.
O debate, organizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o Consórcio da Amazônia Legal, a Federação Ambiental de Toda a China (ACEF) e o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da China, reuniu nomes de destaque na discussão. A diretora de programas da CIPÓ, Mariana Rondon, compôs o painel ao lado de Wang Yin (Central New Energy Holding Group), Raul Jungmann (Instituto Brasileiro de Mineração), Elbia Gannoum (Enviada Especial da Presidência da COP30 para Energia) e Patrick Brunings (Ministro de Petróleo, Gás e Meio Ambiente do Suriname), com mediação do diretor do IPAM, André Guimarães.
Rondon iniciou sua fala contextualizando o potencial histórico e geopolítico da parceria entre China e Brasil na ação climática global e no cumprimento de metas internacionais. Em seguida, abordou os complexos desafios e as necessidades da transição justa em ambos os países, destacando a urgência de que as soluções propostas tornem-se ações concretas.
“A transição justa nos levará a um novo modelo econômico. Mas como vamos construir esse novo modelo? Não pode ser apenas mais uma discussão no âmbito da governança climática”, argumentou. “O que tem sido reiterado ao longo destes últimos dias aqui na COP30 é a necessidade de criar um Mecanismo Global de Transição Justa, que possibilite não apenas compreender o que é a transição justa, mas também operacionalizá-la”.
A diretora de programas da CIPÓ enfatizou que a implementação desse mecanismo é crucial para o fortalecimento do Sul Global. Isso deve ser feito “seja por meio de financiamento, de transferência de tecnologia, ou ainda pela troca de experiências, conhecimentos e melhores práticas”, concluiu.




