Diálogo global discute financiamento climático e transições justas rumo à COP30

Quais caminhos podem levar a soluções concretas para a crise climática e o desenvolvimento justo e sustentável? Foi com essa pergunta em mente que, nos dias 17 e 18 de julho de 2025, lideranças de 15 países se reuniram no Palácio Anchieta, em Vitória, para o “Global Policy Dialogue: promovendo o financiamento climático e transições justas no caminho até a COP30”. O encontro reuniu mais de 100 representantes de governos, parlamentos, organismos multilaterais, fundações, academia e sociedade civil.

Promovido pela Plataforma CIPÓ em parceria com o Governo do Espírito Santo, o evento contou com apoio da Embaixada da França no Brasil, do Instituto Clima e Sociedade (iCS), da Fundação Heinrich Böll, da Global Challenges Foundation e da Global Governance Innovation Network.

Temas estratégicos em debate
Ao longo dos dois dias, os debates foram organizados em sessões temáticas e grupos de trabalho sobre três eixos principais:

Financiamento climático para países em desenvolvimento — com destaque para o debate em torno do Mapa do Caminho de Baku a Belém e a mobilização de US$ 1,3 trilhão em recursos climáticos;

Transições justas — com foco em inclusão social, proteção de direitos e geração de empregos sustentáveis nos processos de descarbonização;

Governança climática internacional — analisando caminhos para transformar compromissos em ações efetivas e garantir a implementação de metas nacionais e multilaterais.

Participações de alto nível
O GPD contou com a presença dos governadores brasileiros Renato Casagrande (Espírito Santo) e Carlos Brandão (Maranhão), além de representantes do governo federal, como Fernanda Santiago, assessora especial do Ministério da Fazenda, Felipe Hees, negociador climático e representante brasileiro no G20, e o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, que participou de diversas sessões, incluindo diálogos com governos subnacionais.

Paul Watkinson, ex-presidente do SBSTA/UNFCCC e negociador climático de alto nível, compartilhou reflexões sobre os desafios da implementação dos compromissos globais. A governança climática global e o financiamento climático foram debatidos por especialistas e representantes de instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o WRI Índia, a Energy Transition Fund, o I4CE (França), a CEPAL, a União Europeia e a Academia Chinesa de Ciências Sociais.

A diretora de programa da COP30, Alice Amorim, teve papel central na agenda do evento, moderando sessões e debatendo os preparativos para a conferência de Belém.

A diretora-executiva da Plataforma CIPÓ, Maiara Folly, abriu e encerrou o GPD, destacando a importância da articulação entre diferentes setores e níveis de governo para transformar promessas em políticas concretas.

Resultados e próximos passos
Com discussões guiadas pela Regra de Chatham House (norma segundo a qual os participantes podem usar a informação obtida, mas não podem revelar a identidade ou afiliação de quem a compartilhou), o evento produzirá um relatório executivo com recomendações para governos e organizações internacionais, a ser divulgado nas próximas semanas.

O GPD também reforçou a necessidade de fortalecer o papel dos governos subnacionais e de assegurar que a COP30 seja marcada pela implementação efetiva de compromissos climáticos, especialmente em países do Sul Global

Em breve, também serão divulgados vídeos com os melhores momentos das discussões. Acompanhe as redes sociais da CIPÓ e não perca as atualizações.

Plataforma CIPÓ
Plataforma CIPÓhttp://plataformacipo.org/
A Plataforma CIPÓ é um instituto de pesquisa independente liderado por mulheres e dedicado a questões de clima, governança e paz na América Latina e no Caribe e no resto do Sul Global.

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