A Plataforma CIPÓ, o Instituto Sustainable Energy Environment Coalition (SEEC), dos Estados Unidos, e o Clima de Política promoveram, no dia 9 de outubro, um diálogo virtual entre parlamentares brasileiros e estadunidenses para discutir governança ambiental e transparência em financiamentos climáticos, em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que este ano será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.
O encontro integrou a semana de engajamento parlamentar pré-COP30 e reuniu membros da Câmara dos Deputados do Brasil e da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Nomes como o deputado Túlio Gadêlha (REDE) e Arnaldo Chinaglia (PT-SP) estiveram presentes. A iniciativa buscou promover a troca de experiências sobre fiscalização ambiental, cooperação transfronteiriça e mecanismos de responsabilização em investimentos públicos e privados voltados ao desenvolvimento sustentável. A ação repercutiu em alguns dos principais veículos jornalísticos do país, como Veja e O Globo.
O diálogo ocorreu em um contexto marcado por desafios crescentes à ação climática e à integridade democrática. Nos Estados Unidos, o Congresso se prepara para debater a renovação do mandato da Development Finance Corporation, em 2025, e o futuro do Export-Import Bank, em 2026 — decisões com impacto direto sobre o financiamento internacional ao desenvolvimento sustentável. No Brasil, o país retomou protagonismo na diplomacia climática global, enquanto enfrenta disputas internas relacionadas à agenda socioambiental e aos mecanismos de responsabilização alinhados ao Acordo de Paris.
Para as organizações envolvidas, o encontro reforçou a importância da diplomacia parlamentar no enfrentamento da crise climática. Diante das limitações políticas e econômicas que frequentemente impactam os Poderes Executivos, os parlamentos desempenham papel estratégico para garantir transparência, continuidade e fortalecimento das políticas ambientais. Ao aproximar legisladores de diferentes países, o diálogo destacou a necessidade de cooperação democrática e ações conjuntas para transformar compromissos internacionais em políticas públicas eficazes.








