A violência de gênero nas eleições de 2022 foi pauta de mais uma entrevista das pesquisadoras Gabrielle Alves e Renata Albuquerque neste mês de Outubro, desta vez para a Revista AzMina.
A matéria lança olhar sobre a violência de gênero sofrida por mulheres na política, independentemente de ser de esquerda ou direita. O foco dado no Centro-oeste brasileiro observa o grande número de ofensas e até ameaças para candidatas partindo de, em sua maioria, homens brancos ligados ao agronegócio, muito forte na região.
Gênero, sexualidade, classe, etnia, raça e território são alvo certo nessa hostilidade, principalmente contra grupos minoritários. Negras e indígenas são grupos que vivenciam essa violência com mais frequência, principalmente no ambiente online, onde a sensação de impunidade fala mais alto pela “anonimização” causada pelas telas.
Exemplos, análises e depoimentos também são expostos na matéria. Como a história da Professora Gracielle (PT), da cidade de Sinop, que foi candidata a deputada estadual. Pelo seu posicionamento ideológico e defesa dos direitos das mulheres, a vereadora foi alvo de inúmeras ofensas nas redes sociais e, mesmo após denúncia da imprensa regional, foi acusada de vitimismo.
Seja na presidência ou no legislativo, ser mulher na política, principalmente se for de outra minoria social, definitivamente não é uma tarefa fácil. A luta de cada uma neste ramo é diária.