O Pauta Pública, podcast da Agência Pública, recebeu Marília Closs, coordenadora de projetos da Plataforma CIPÓ, para analisar aspectos que podem ter influenciado a tentativa de golpe na Bolívia.
No dia 26 de junho, militares liderados pelo ex-comandante do exército Juan José Zúñiga mobilizaram tropas e tanques que invadiram o Palácio Quemado, sede do governo em La Paz.
O presidente boliviano, Luis Arce, denunciou as “mobilizações irregulares” dos militares e foi pessoalmente ao palácio confrontar Zúñiga, que havia sido destituído do cargo um dia antes. Toda essa movimentação durou cerca de quatro horas e a tentativa de golpe, no fim, acabou desmobilizada com Luis Arce determinando a prisão imediata de Zúñiga.
Diferente de 2019, a tentativa de golpe não teve êxito. Mas será que esse novo episódio tem ligação com o que aconteceu no país anos antes? O que está por trás desse acontecimento na Bolívia e por que é importante acompanharmos de perto essa história?
Marília Closs, que é doutora em ciência política pelo IESP-UERJ e também pesquisadora do Observatório Político Sul-Americano (OPSA), traz um panorama das origens e dos possíveis desdobramentos dessa instabilidade.