- Há registros de exportações em grande volume de madeira a partir de capitais – onde provavelmente se extrai pouco. É preciso considerar a possibilidade de “lavagem” de origem da madeira
- Dos 219 municípios que já exportaram algum dos produtos observados para a China, 91 estão no MT (tem 141) e 57 estão no PA (tem 144). São quase dois terços dos municípios mato-grossenses e 4 a cada dez paraenses. Nos gráficos deste projeto, porém, constam apenas os municípios que registraram exportações em dois ou mais anos.
- 135 municípios exportam madeira, 98 exportam soja, 51 exportam ferro, 42 exportam algodão, 36 exportam carnes.
- Existem combinações, que variam muito: 123 municípios exportam apenas um produto, 53 exportam dois, 19 exportam três, 17 exportam quatro, 5 exportam os cinco e dois (Marabá e Belém) têm registros de já terem exportado os seis produtos para a China.
- A combinação mais comum de dois produtos é soja e algodão, saindo de 39 municípios (22 exportam só os dois). Essa combinação é mais comum no Mato Grosso. Madeira e soja saem de 36 municípios (12 exportam só os dois). Com três produtos, a combinação mais comum é madeira, soja e algodão, saindo de 12 municípios (8 exportam só os três). Todos no Mato Grosso.
- Com os dados até junho de 2022, o volume total exportado de soja no ano em municípios da Amazônia Legal está apenas 9,3% menor do que o ano passado inteiro. Nenhum outro produto tem esses índices.
- Dos 36 municípios que já exportaram carne para a China, 23 começaram a partir de 2018
- Dos 51 municípios que já exportaram ferro para a China, 22 começaram a partir de 2018
- Dos 136 municípios que já exportaram madeira para a China, apenas 4 começaram a partir de 2018
- Dos 100 municípios que já exportaram soja para a China, apenas 8 começaram a partir de 2018
- Dos 11 municípios que já exportaram cobre para a China, 6 começaram a partir de 2018Dos 18 municípios que já exportaram manganês para a China, 8 começaram a partir de 2018
- Dos 42 municípios que já exportaram algodão para a China, apenas 5 começaram a partir de 2018
Os dados do Prodes são coletados anualmente por imagens de satélite que captam perdas de vegetação nativa com resolução de pelo menos 6,25 hectares (0,0625 km²) e com precisão aproximada de 95%. Além de embasar políticas públicas de combate ao desmatamento, os dados são usados na certificação de cadeias produtivas da agropecuária, como a Moratória da Soja e o Termo de Ajustamento de Conduta da Pecuária, além de acordos intergovernamentais. Para este trabalho, foram coletados por município da Amazônia Legal.
Em cada município, foi calculado o incremento total de área desmatada (total registrado em 2020 menos o total registrado em 2000) e a proporção disso na área total do município.
Os dados do ComexStat se baseiam no que as empresas exportadoras informaram à Receita Federal, podendo haver discrepâncias pontuais de codificação de produtos e municípios. Organizados desde o final da década de 1990, eles permitem filtrar os dados por município de onde o produto foi explorado e pela descrição do produto de acordo com os códigos do Sistema Harmonizado de mercadorias. Para este trabalho, coletamos informações de toneladas exportadas para a China de madeira, soja, ferro, algodão, cobre e manganês, nos municípios da Amazônia Legal, entre 2000 e 2020.
As coordenadas geográficas dos municípios foram obtidas no IBGE.